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19 de setembro de 2017O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 2,8 pontos no terceiro trimestre de 2017 em relação ao trimestre anterior, atingindo 105,1 pontos. O indicador mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais, colaborando para antecipar tendências econômicas.
“O arrefecimento da tendência da alta do Indicador de Intenção de Investimentos retrata bem a dificuldade de se acelerar investimentos em um ambiente de elevadas ociosidade e incerteza. O setor industrial coloca-se em compasso de espera por notícias que aumentem o grau de certeza quanto ao rumo da economia no horizonte de dois a três anos. Essa postura pode ser ilustrada pela ocorrência de um recorde de empresas prevendo estabilização do ritmo de crescimento dos investimentos nos próximos meses apesar de a economia apresentar uma inequívoca tendência de aceleração no momento”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE.
Pelo segundo trimestre consecutivo, a proporção de empresas prevendo investir mais nos 12 meses seguintes superou a das que projetam investir menos, algo que não ocorria desde 2014. Entre o segundo e o terceiro trimestres de 2017 houve redução tanto da parcela de empresas que preveem investir mais, de 25,6% para 21,1%, quanto das que preveem investir menos, de 17,7% para 16,0%.
Com a menor incidência de respostas extremas, foi registrada a maior proporção de empresas prevendo estabilidade dos investimentos na série iniciada em 2012. Este resultado foi possivelmente afetado pelo aumento do grau de incerteza em relação à execução do plano de investimentos na comparação com a Sondagem do segundo trimestre, cuja apuração foi quase inteiramente realizada no período anterior à crise política iniciada em 17 de maio.
Grau de incerteza em relação aos investimentos
Neste trimestre as empresas industriais também foram consultadas quanto ao grau de certeza em relação à execução do plano de investimentos nos 12 meses seguintes.
A proporção de empresas que estão certas em relação à execução do plano de investimentos (28,2%) superou a proporção de empresas incertas (27,3%) pelo terceiro trimestre consecutivo. Mas nos dois trimestres anteriores, as respostas denotavam um maior grau de certeza. No trimestre anterior estas proporções haviam sido de 25,0% e 21,3%, respectivamente. O resultado segue em linha com o Indicador Mensal de Incerteza Econômica do IBRE, que depois de um expressivo aumento em junho, manteve-se elevado em termos históricos em julho e agosto.
A edição do terceiro trimestre de 2017 da Sondagem de Investimentos coletou informações de 723 empresas entre os dias 03 de julho e 31 de agosto.
Fonte: Portal CIMM