Os empresários da indústria estão mais confiantes com a economia. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 1,4 ponto em agosto, para 92,2 pontos. Com o resultado, o índice praticamente retornou ao nível de maio, que registrou 92,3 pontos.
Segundo a FGV, a alta da confiança alcançou 11 dos 19 segmentos industriais e decorreu da melhora tanto das percepções sobre a situação atual, quanto das expectativas.
O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6 ponto, para 90,0 pontos, antingindo o maior valor desde maio de 2014. O Índice de Expectativas (IE) aumentou 1,0 ponto, para 94,4 pontos. Somadas, as altas registradas pelo IE em julho (1,3 ponto) e agosto ainda não foram suficientes para recuperar a perda registrada em junho, de 3,6 pontos.
Nível dos estoques
A principal influência para a alta do ISA em agosto veio da melhor percepção sobre o nível dos estoques, segundo a FGV. A parcela de empresas que avaliam os estoques como excessivos caiu de 12,1%, em julho, para 10,8% do total – a menor desde fevereiro de 2014 (9,1%).
Houve ainda o aumento da parcela de empresas que consideram o nível de estoques insuficiente, de 3,3% para 3,6% do total entre julho e agosto. Apesar avanço no mês, a combinação das parcelas mostra que, após a piora consecutiva por quatro meses, as empresas continuam com estoques industriais indesejados em agosto, aponta a fundação.
Expectativas
As melhores perspectivas para a produção nos três meses seguintes tiveram a maior contribuição positiva de agosto dentre os componentes do Índice de Expectativas. Houve aumento da proporção de empresas prevendo produção maior, de 29,1% para 34,2% do total, e também aumento, em menor magnitude, da parcela das que preveem produção menor, de 17,7% para 20,2% do total.
Com o resultado, o indicador de produção prevista avançou 2,9 pontos, para 96,3 pontos, insuficiente para compensar a queda de 5,6 pontos no bimestre junho-julho.
Uso da capacidade instalada
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,6 ponto percentual em agosto, para 74,1%, nível próximo ao de junho e inferior à média no ano, de 74,5%.